No Brasil, onde o índice de "negros e pardos" é alto, @ pret@ tem que ostentar algum traço europeu senão é rejeitado.
"Olha que morena linda" (miscigenada), "que cabelo lindo" (alisado ou fruto de miscigenação), "acho lindo negro com traços finos" (miscigenado, ou com plástica para se aproximar do padrão "branco"), "uma negra de olhos verdes são exóticas" (olhos claros são típicos de onde, mesmo?), "filh@, casa com branc@, pro seu filho não sofrer com cabelo duro e nariz de porco" (muit@s devem ter ouvido ta conselho).
O "processo de embranquecimento" continua vivo em nossa criação...
E a rejeição à nova "globeleza" ilustra perfeitamente esse fenômeno: remete ao imaginário de Valéria Valenssa, de tom mais claro, "traços finos" e cabelo à moda européia, ou como todos os críticos afirmam, era "muito mais bonita". Bonita porque nos remete ao modelo europeu de beleza imposto a nós, brasileiros. E ainda acreditamos que essa é a "real beleza". Beleza pra quem?
Com rejeição, Globeleza vira problema na Globo, que a proíbe de dar entrevistas
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